

- A história A primeira loja da VICTORIA’S SECRET, nome inspirado pela admiração de seu fundador em relação a Rainha Vitória, foi aberta em 1977, localizada no Stanford Shopping Center na cidade californiana de São Francisco, pelas mãos de Roy Raymond por uma razão muito forte: na época, ele se sentia desconfortável ao ingressar nas lojas para comprar roupas íntimas para sua esposa. Justamente por esse motivo, o ambiente da loja foi criado com o intuito de fazer com que os homens se sentissem a vontade na hora de comprar ou escolher um lingerie: paredes de madeira, detalhes vitorianos e uma boa equipe de vendedoras, eram alguns dos muitos diferenciais da loja. Além disso, a VS, como a marca viria a ficar conhecida entre as consumidoras, inovou ao substituir os tradicionais racks lotados de calcinhas e sutiãs de todos os tamanhos, expondo os produtos de forma diferente: as peças de lingeries, que tinham um estilo sensual e ousado, eram emolduradas nas paredes.
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Porém as novidades não pararam por aí. Em 2004 lançou a linha VICTORIA’S SECRET PINK, composta por pijamas, lingeries, biquínis, acessórios, bolsas e cosméticos, voltada para um público adolescente e universitário, que rapidamente se tornou vital para o enorme sucesso da marca e sua popularidade entre as garotas americanas. Esta linha acabou se tornando uma espécie de marca para a VS, contando atualmente com algumas lojas próprias e faturando mais de US$ 900 milhões anualmente. Recentemente, em 2008, a marca lançou no mercado duas grandes novidades: a versão de seu site em espanhol e o sutiã BioFit Uplift, que se adapta ao tamanho e peso dos seios de cada mulher, disponível em 20 tamanhos e diferentes cores. Além disso, a marca introduziu no mercado suas primeiras coleções de sapatos e uma linha de roupas mais esportivas com vestidos, túnicas, camisetas, jeans, shorts, saias e calças legging. -

O sucesso da marca nas lojas dos aeroportos brasileiros vinha sendo tão acima das expectativas que a empresa elegeu o Brasil para abrir a primeira unidade no mundo no conceito batizado de varejo de viagem (travel retail). Em junho de 2009, sem nenhum alarde, a marca inaugurou uma loja de 80 metros quadrados no Duty Free do aeroporto internacional de Cumbica, em São Paulo. No espaço, são vendidas pela primeira vez no país peças da tão desejada grife americana como lingerie, roupa casual feminina, pijamas e acessórios. Até então, o Duty Free de Guarulhos só comercializava cosméticos e perfumes da VICTORIA’S SECRET. O sucesso foi tremendo: alcançou o equivalente a vendas anuais de US$ 10 milhões, cifra três vezes maior que a média de faturamento das lojas da grife nos Estados Unidos. Outras 17 lojas neste formato foram abertas pela rede americana em aeroportos de cidades como Nova York, Buenos Aires, Dubai, Cidade do México e Barbados. Além disso, seu novo perfume Sexy Little Things NOIR, conquistou diversos prêmios nos Estados Unidos. Em 2010 a marca inaugurou suas primeiras lojas no exterior, localizadas em Toronto e Edmonton no Canadá. -

A marca é conhecida pela sua linha de lingeries provocantes e sensuais, mas também pelo casting de supermodelos, conhecidas como ANGELS, que personificam o espírito da VICTORIA’S SECRET. Tudo começou exatamente no dia 1 de agosto de 1995 quando estreou no luxuoso hotel Plaza o Victoria’s Secret Fashion Show, pomposo desfile anual da marca, geralmente realizado na cidade de Nova York, que conta com a presença das supermodelos da marca, devidamente vestidas com lingerie e asas angelicais prá lá de sexy, e convidados especiais, atraindo centenas de celebridades, e sempre trazendo uma performance especial a cada ano. Em 1999 esse desfile foi transmitido pela televisão em horário nobre pela primeira vez, com uma audiência de 1.5 milhões de pessoas. Em 2006 e 2007 o desfile foi realizado na cidade de Los Angeles, e, no ano de 2008, em Miami, coincidindo com a reabertura do tradicional hotel Fontainebleau. No desfile de 2010, nada mais que 152 beldades mostraram sua beleza pelas passarelas do evento. Atualmente o evento deve ser a passarela mais bela e cara do mundo. Nos lendários desfiles da marca, hoje em dia transmitidos pela rede de televisão CBS, as moças mais exuberantes do planeta, em tecidos minúsculos, ambientam um show de U$ 10 milhões de investimento, 10 milhões de telespectadores e supermodelos estonteantes que, juntas, faturam acima de US$ 90 milhões ao ano. -


Em 1996 a VICTORIA’S SECRET lançou o suntuoso sutiã “Fantasy Bra” de US$ 1 milhão, o que chamou a atenção da imprensa mundial, gerando uma enorme exposição para a marca. Começava assim uma tradição da marca VS. Todo ano é escolhida uma supermodelo que usará o super sutiã em seu tradicional desfile anual. Em 2005, Gisele Bündchen usou um modelo (feito de seda vermelha e adornado com 1.300 pedras preciosas, a maioria diamantes e rubis) avaliado em US$ 15 milhões. Em 2006 foi vez de Karolina Kurkova usar outro modelo de US$ 6.5 milhões. Em 2007, a novidade foi que “Fantasy Bra” virou uma linha que incluí - além do sutiã - tanga, cinta-liga, bracelete e fivela. A coleção, que tinha a modelo Selita Ebanks como rosto (e corpo), levava US$ 4.5 milhões em diamantes, rubis, esmeraldas e safiras amarelas. Em 2008, o sutiã Black Diamond Fantasy Miracle Bra possuía 3.577 diamantes, 34 rubis, 2 diamantes negros de 50 quilates e um valor de US$ 5 milhões. A valiosa peça, desenhada pelo joalheiro Martin Katz, foi promovida pela modelo brasileira Adriana Lima. -


Mudança de imagem
A marca VICTORIA’S SECRET estava cansada de tanto sex-appeal. Em 2008 a tradicional e descolada marca deu uma guinada em sua imagem e posicionamento diante das consumidoras: a VICTORIA’S SECRET apenas queria ser feminina, sem perder a sofisticação. Segundo o presidente da empresa, a marca usou demais a palavra sexy e realmente se esqueceu de ser mais feminina. A nova postura veio em boa hora. A sensualidade, algo exagerado nas campanhas publicitárias da marca, afastava clientes mais conservadoras. Para outras, deixava a percepção de que aqueles produtos estavam distantes de sua realidade - e por isso, inacessíveis. Os números mostravam que a venda média por loja da rede tinha caído 1% em 2007. Por isso, a marca adotou uma postura menos focada na ditadura da magreza (e do tamanho 36) e mais na consumidora privilegiada de curvas. Na mídia, as mulheres apareceram mais cobertas. O material de seus pontos de venda privilegiou imagens de mulheres de roupas de algodão. Mas os sensuais, ousados e pomposos desfiles anuais não acabaram.
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